sexta-feira, 1 de junho de 2007

Fluxos de capitais


A necessidade de controlo sobre os movimentos internacionais de capitais pode obdecer a duas regras: Redução da vulnerabilidade externa e a oferta de maior autonomia à formulação de política económica dos países, sobretudo à monetária e a permissão da implementação da políticas que procurem transformações sociais importantes que contrariem interesses de capitais financeiros, e dos capitais em geral.

No primeiro caso, a oposição aos interesses dos capitais seria inevitável. Se o objetivo é impulsionar o crescimento e o emprego, isto exigirá redução das taxas de juros e, portanto, redução dos rendimentos dos detentores de riqueza financeira. O facto da limitação aos movimentos de capitais em si mesmo implica uma diminuição potencial dos seus rendimentos, pois reduz as possibilidades de arbitragem entre alternativas de aplicação. A redução do desemprego, por outro lado, melhora as condições de reivindicação dos salários.

Entretanto, neste caso os capitalistas teriam também vantagens: quando viabilizado um maior crescimento da economia, as possibilidades de investimento lucrativo ampliam-se e a economia ganha maior solidez e reduz a sua vulnerabilidade externa. Esta é a explicação do porquê de alguns países que mais controlam os fluxos de capitais, e onde o Estado mais intervém na economia, como a China, são grandes receptores de capitais.

No segundo caso, o aspecto de oposição aos interesses dos capitalistas cresce.

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